sábado, 12 de junho de 2010

O cajueiro, o bonde e o altar

Eliseu de Lima
Um dia eu estava debaixo de um cajueiro
Que tinha à beira da estrada,
Nas noites frias de inverno suas folhas eram meu cobertor
Nas manhãs suas folhas dançavam ao som do vento
Eu sonhava acordado...

Alguém passou por lá
Mais tarde passou um bonde
Eu a convidei para entrar naquele bonde
Para um passeio a dois

Passamos por lugares lindos
Tomamos sol, tomamos chuva
Frio e calor...
Curtimos inverno e verão

Em alguns lugares mergulhamos,
Em outros voamos...

Choramos e sorrimos
Fizemos silêncio, fizemos barulho

O bonde não parou...
Fomos conduzidos a lugares maravilhosos
O amor foi acontecendo
De dentro do bonde podemos ver o altar...

Eu não quero mais voltar
Estamos chegando
O altar é o nosso destino.

Queila, obrigado por entrar nesse bonde comigo

Feliz dia dos namorados!!!

Somente seu,

Eliseu

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